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Otim esconde que nasceu com 4 seios" Oquê, rei da cidade de Otã, tinha uma filha.Ela nascera com 4 seios e era chamada de Otim.O rei Oquê adorava sua filha e não permitia que ninguém soubesse de sua deformação.Este era o segredo de Oquê, este era o segredo de Otim.Quando Otim cresceu, o rei aconselho-a a nunca se casar, pois um marido, por mais que a amasse, um dia se aborreceria com ela e revelaria ao mundo seu vergonhoso segredo.Otim ficou muito triste, mas acatou o conselho do pai.Por muitos anos, Otim viveu em Igbajô, uma cidade vizinha, onde trabalhava no mercado.Um dia, um caçador chegou ao mercado, e ficou tão impressionado com a beleza de Otim, que insistiu em casar-se com ela.Otim recusou seu pedido por diversas vezes, mas, diante da insistência do caçador, concordou, impondo uma condição: o caçador nunca deveria mencionar seus quatro seios a ninguém.O caçador concordou, e impos também sua condição: Otim jamais deveria por mel de abalhas na comida dele, porque isso era seu tabu, seu euó....Por muitos anos, Otim viveu feliz com o marido. Mas como era a esposa favorita, as outras esposas sentiram-se muito enciumadas.Um dia, reuniram-se e tramaram contra Otim.Era o dia de Otim cozinhar para o marido; ela preparava um prato de milho amarelo cozido, enfeitado com fatias de coco, o predileto do caçador.Quando Otim deixou a cozinha por alguns instantes, as outras sorrateiramente puseram mel na comida.Quando o caçador chegou em casa e sentou-se para comer, percebeu imediatamente o sabor do ingrediente proibido.Furioso, bateu em Otim e lhe disse as coisas mais cruéis, revelando seu segredo: "Tu, com teus quatro seios, sua filha de uma vaca, como ousaste a quebrar meu tabu?"A novidade espalhou-se pela cidade como fogo.Otim, a mulher de quatro seios, era ridicularizada por todos.Otim, fugiu de casa e deixou a cidade do maridoVoltou para sua cidade, Otã, e refugiou-se no palácio do pai.O velho rei a confortou, mas ele sabia que a noticia chegaria também a sua cidade.Em desespero, Otim fugiu para a floresta.Ao correr, tropeçou e caiu. Nesse momento, Otim transformu-se num rio, e o rio correu para o mar.Seu pai, que a seguia, viu que havia perdido a filha. Lá ia o rio fugindo para o mar.Querendo impedir o Rio de continuar sua fuga, desesperado, atirou-se ao chão, e, ali onde caiu, transformou-se em uma montanha, impedindo o caminho do rio Otim para o mar.Mas Otim contornou a montanha e seguiu seu curso.Oquê, a montanha, e Otim, o rio, são cultuados até hoje em Otã.Odé, o caçador, nunca se esqueceu de sua mulher
A cada ano, após a colheita, o rei de Ijexá saudava a abundância de alimentos com uma festa, oferecendo à população inhame, milho e coco. O rei comemorava com sua família e seus súditos; só as feiticeiras não eram convidadas. Furiosas com a desconsideração enviaram à festa um pássaro gigante que pousou no teto do palácio, encobrindo-o e impedindo que a cerimônia fosse realizada. O rei mandou chamar os melhores caçadores da cidade. O primeiro tinha vinte flechas. Ele lançou todas elas, mas nenhuma acertou o grande pássaro. Então o rei aborreceu-se, mas mandou-o embora. Um segundo caçador se apresentou, este com quarenta flechas; o fato repetiu-se novamente e o rei mandou prende-lo. Bem próximo dali vivia Oxósse, um jovem que costumava caçar à noite, antes do sol nascer; ele usava apenas uma flecha vermelha. O rei mandou chamá-lo para dar fim ao pássaro. Sabendo da punição imposta aos outros caçadores, a mão de Oxósse, temendo pela vida do filho, consultou um babalaô e os obis mostraram que, se fosse feita uma oferenda para as feiticeiras, ele teria sucesso. A oferenda consistia em sacrificar uma galinha. Nesse exato momento, Oxósse deveria atirar sua única flecha. E assim o fez, acertando o pássaro bem no peito. O rei, agradecido pelo feito, deu ao caçador metade de sua riqueza e a cidade de Keto, “terra dos panos vermelhos”, onde Oxósse governou até a sua morte, tornando-se depois um Orixá. Odé e Otin No Nagô, estes dois Orixás são cultuados juntos. São os protetores das matas e dos animais silvestres e selvagens. Os filhos de Otim são quase inexistentes, pois na Mitologia, Otim não teve filhos na terra, dando assim as cabeças dos filhos para Odé. Com o passar dos tempos já se nota a existência de filhos de Otim, caso raro e absurdo para muitos Pais-de-Santo. Não se sacrifica para um sem dar para o outro, os animais são os mesmos, mudando apenas o sexo. Saudação: Oquebambo Dia da Semana: Sexta-feira, pois é o dia da Iemanjá, que é mãe de Odé Número: 07 e seus múltiplos Cor: Azul marinho e branco para Odé e Azul marinho e rosa para Otim Guia: 01 conta azul, 01 conta branca, 01 conta azul para Odé 01 conta rosa, 01 conta azul, 01 conta rosa para Otim Oferenda: Odé - Costela de Porco e feijão miúdo, Otim - Chuleta de Porco e feijão miúdo Adjuntós: Odé com Otim ou Iemanjá Bocí (neste caso normalmente a Otim passará para a "passagem"). Otim com Odé Ferramentas: Arco e flecha, funda, bodoque, moedas e búzios Ave: aves malhadas varias cores Quatro pé: Casal de porco
Ode o m'óta! (Odé voce rende os inimigos)
Otìn bò rò Ode (Otin vem ajduar odé)
A cada ano, após a colheita, o rei de Ijexá saudava a abundância de alimentos com uma festa, oferecendo à população inhame, milho e coco. O rei comemorava com sua família e seus súditos; só as feiticeiras não eram convidadas. Furiosas com a desconsideração enviaram à festa um pássaro gigante que pousou no teto do palácio, encobrindo-o e impedindo que a cerimônia fosse realizada. O rei mandou chamar os melhores caçadores da cidade. O primeiro tinha vinte flechas. Ele lançou todas elas, mas nenhuma acertou o grande pássaro. Então o rei aborreceu-se, mas mandou-o embora. Um segundo caçador se apresentou, este com quarenta flechas; o fato repetiu-se novamente e o rei mandou prende-lo. Bem próximo dali vivia Oxósse, um jovem que costumava caçar à noite, antes do sol nascer; ele usava apenas uma flecha vermelha. O rei mandou chamá-lo para dar fim ao pássaro. Sabendo da punição imposta aos outros caçadores, a mão de Oxósse, temendo pela vida do filho, consultou um babalaô e os obis mostraram que, se fosse feita uma oferenda para as feiticeiras, ele teria sucesso. A oferenda consistia em sacrificar uma galinha. Nesse exato momento, Oxósse deveria atirar sua única flecha. E assim o fez, acertando o pássaro bem no peito. O rei, agradecido pelo feito, deu ao caçador metade de sua riqueza e a cidade de Keto, “terra dos panos vermelhos”, onde Oxósse governou até a sua morte, tornando-se depois um Orixá. Odé e Otin No Nagô, estes dois Orixás são cultuados juntos. São os protetores das matas e dos animais silvestres e selvagens. Os filhos de Otim são quase inexistentes, pois na Mitologia, Otim não teve filhos na terra, dando assim as cabeças dos filhos para Odé. Com o passar dos tempos já se nota a existência de filhos de Otim, caso raro e absurdo para muitos Pais-de-Santo. Não se sacrifica para um sem dar para o outro, os animais são os mesmos, mudando apenas o sexo. Saudação: Oquebambo Dia da Semana: Sexta-feira, pois é o dia da Iemanjá, que é mãe de Odé Número: 07 e seus múltiplos Cor: Azul marinho e branco para Odé e Azul marinho e rosa para Otim Guia: 01 conta azul, 01 conta branca, 01 conta azul para Odé 01 conta rosa, 01 conta azul, 01 conta rosa para Otim Oferenda: Odé - Costela de Porco e feijão miúdo, Otim - Chuleta de Porco e feijão miúdo Adjuntós: Odé com Otim ou Iemanjá Bocí (neste caso normalmente a Otim passará para a "passagem"). Otim com Odé Ferramentas: Arco e flecha, funda, bodoque, moedas e búzios Ave: aves malhadas varias cores Quatro pé: Casal de porco
Ode o m'óta! (Odé voce rende os inimigos)
Otìn bò rò Ode (Otin vem ajduar odé)
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