(Rezas cantadas do Xangô)
ONÍLÙ (tamborero)
Oríkì
(Louvor)
Ajúbà Sàngó
kámùka, Sàngó aganjú Ìbejì, Sàngó aganjú déyi ogodo,
Sàngó Oubakòsó, olúfinná bàbá Aláàfin!
Káwó kábíyèsí lè Oba Sàngó!
(Respeitamos ao Xangô, facão que curta e desaparece,
Xangô que de seu
trono está olhando os gêmeos sagrados, Xangô que de seu trono está
olhando chegar forte como um bezerro, Xangô o rei que não se enforcou,
senhor que usa o fogo e pai dono do
palácio.
Domina ao mundo sua alteza , Rei Xangô!)
DÁHÙN (Responder) - Kawó kábíyèsí lè!
(Domina ao mundo sua
alteza!)
.. . .. . . .. . .. . . .. . .. .TOQUE DJEJE (HUNTÓ)... . . .. . .. . . .. . . .. . .
Ou - Alárun dê Sàngó ká mù’k
Bàbá ou bá rò’ fim là
(Chega dono do
céu Xangô, “facão que curta e
desaparece”, Pai você surpreende, medita
as leis, aparece)
D - Alárun dê Sàngó ká mù’k
Bàbá ou bá rò’ fim là
(Chega dono do
céu Xangô, “facão que curta e
desaparece”, Pai você surpreende, medita
as leis, aparece)
Ou - Alárun dê!
( Chega dono do céu)
D - Sàngó ká
mù’k
( Xangô, facão
que curta e desparece)
Ou - Bàbá rò’ fim là
( Pai você medita o mandato e aparece)
D - Sàngó ká
mù’k
( Xangô, facão
que curta e desparece)
Ou - Wólè wólè wólè kábíyèsílè àdé!
( Baixamos a cara, reverenciamos a Sua Alteza e a Coroa)
D - Wólè wólè wólè kábíyèsílè àdé!
( Baixamos a cara, reverenciamos a Sua Alteza e a Coroa)
Ou - L’òkè !
( Nas alturas)
D - Sá bu èlò
( É instrumento que corre e curta [o raio])
----------------- TOQUE TONIGBOBE ----------------------
Ou - Olúwa gun
bàábo igbó
elefà l’òrìsÀ, Olúwa gun
bàábo igbó
elefà nú
ebo
( Nosso senhor, sobe à árvore de grandes folhas no bosque
sagrado você que atrai ao que tem orará,
sobe ao arbol do bosque você que
atrai a limpar com oferendas)
D - Olú wò gùn má bó
igbo èle
fà l’òrìsà, Olú wò
gùn má
bó igbo èle fà
l’òrìsà
( Senhor observa de quão alto não
escape o covarde de ser
atraído à violência o orará)
Ou - Olúghohún má
bó igbo
èle fà
l’òrìsà, olú
wò gùn
má bó
igbo èle fà
l’òrìsà
( Julga ao que viola os tabus, que não escape o covarde de ser
atraído à violência do orará )
D - Olú wò gùn má bó
igbo èle
fà l’òrìsà, Olú wò
gùn má
bó igbo èle fà
l’òrìsà
( Senhor observa de quão alto
não escape o covarde de ser
atraído à violência do orará)
Ou - Aganjú èkó meu’nà’ wè
jéjé ori jéjé Aganjú èkó meu’nà’ wè
jéjé ori
Sàngó
(Aganjú me ensine também o caminho de cumprir a tradição
de minha cabeça, a cumprir os juramentos, insígnia me a cumprir a tradição
de ter cabeça do Xangô)
D - Aganjú èkó meu’nà’ wè
jéjé ori jéjé Aganjú Èkó meu’nà’ wè jéjé ori
Sàngó
(Aganjú me ensine também o caminho de cumprir a tradição
de minha cabeça, a cumprir os juramentos, insígnia me a cumprir a tradição
de ter cabeça do Xangô)
Ou - Òdodo sim
èmi r’emi
Aganjú màá
ní sÉ
oulà, òdodo mò èrè meu Sàngó,
Àgànjú màá
ní sÉ
olà
( Justiça para mim Aganjú, que sempre faça e tenha honra,
sabe a verdade que me beneficia Xangô, Aganjú que sempre faça e tenha
honra. )
D - Òdodo sim
èmi r’emi
Aganjú màá
ní sÉ
oulà, òdodo mò èrè meu Sàngó,
Àgànjú màá
ní sÉ
olà
( Justiça para mim Aganjú, que sempre faça e tenha honra,
sabe a verdade que me beneficia Xangô, Aganjú que sempre faça e tenha
honra. )
Ou - Àgúnta ou!
( Crave meus inimigos)
D - Màá nísé olá !
(Sempre tem trabalho e honra)
Ou - GA màá Aládé ou!
(OH! Elevado, sempre Dono da coroa)
D - Lókun kerèrè!
( Força de longe)
Ou - Ìbò Moore!
( Retorna engrandecido)
D - Kerèkè ìbò Moore kerèkè!
( De longe você retorna engrandecido)
Ou - Sorò sorò
ou ní’godo
( Para a festa anual Espiritual de
“passagem a seu homem tem
ao tambor)
D - Sorò sorò ou ní’ Sàngó
( Para a festa anual espiritual tem ao Xangô)
Ou - Akun bè’
rí
( Adornado com contas sagradas roga pela
cabeça)
D - Àrá akun bè’
rí àrá
( Trovão, com contas sagradas roga pela
cabeça, trovão)
Ou - Àgànjú ekùn èrè p
( Aganjú, leopardo, isso vontade)
D - Àgànjú ekùn
s’ara yà
( Aganjú, leopardo, te desvie para o corpo)
Ou - S’ara yà ká fá’mode
s’ara yà ká
fá’mode
wò!
( Para o corpo te desvie, recolhe e poda ao filho
[noviço],
cuida-o)
D - Ou yà’ BA dilé s’ara yà ká fá’mode!
( Você Rei da casa te desvie para o corpo, recolhe e poda
ao filho)
Ou - Onípè nem Sàngó
( que chama é Xangô)
D - Abá’ deu onípè ou
yá bá’
deu
(O morteiro e a esteira estão chamando, você logo encontra
o morteiro)
Ou - Ègé bò’ré wa Agodó Sá là Sá là Sá
ou!
( Sorteia as travas e volta nossa
bênção , Espírito
do tambor corre, corre e nos salve)
D - Ègé bò’ré wa Agodó Sá là Sá là Sá
ou!
( Sorteia as travas e volta nossa
bênção , Espírito
do tambor corre, corre e nos salve)
Ou - Kan’lù’lù,
kan’lù’
lù dê
(Chega o toque do tambor)
D - Ounà rèé
ou kan’lù’lù dê
( Esse é o caminho, que chegue o toque do
tambor)
---------------------- TOQUE AGERE ------------------------
Ou - Alubàtá ou! kábíyèsílè ndé ou!
(OH! Dono dos tambores batá! OH! Sua
alteza está
chegando!)
D - Alubàtá ou! kábíyèsílè ndé ou!
(OH! Dono dos tambores batá! OH! Sua
alteza está
chegando!)
Ou - Agodó màá iyo, agodó màá iyo
àtéwó já Àgànjú màá
eu àtéwó já
òdodo màá iyo
( O tambor sempre nos regozija, o tambor sempre nos
alegra,
estende as mãos abertas dando passo ao Aganjú que aparece com seu
palma estendida separando a verdade e nos
alegrando)
D - Agodó màá iyo, agodó màá iyo
àtéwó já Àgànjú màá
eu àtéwó já
òdodo màá iyo
( O tambor sempre nos regozija, o tambor sempre nos
alegra,
estende as mãos abertas dando passo ao Aganjú que aparece com seu
palma estendida separando a verdade e nos
alegrando)
Ou - Káwó kábíyèsílè omo sèré omo júbà
( Sua Alteza domina ao mundo, filho da “cabaça com contas”,
filho reconhecido)
D - Káwó kábíyèsílè omo sèré omo júbà
( Sua Alteza domina ao mundo, filho da “cabaça com contas”,
filho reconhecido)
Ou - Nà àgò’rò
ai àjà
orò
( Estende a saudação ao Espírito para que não haja luta com ele )
D - Àgò yé yé!
( Por favor, permissão! )
Ou - omo júbà!
( Filho respeitoso!)
D - Lái lái mojúbà aiyé
oumo júbà,
lái lái oumo
júbà aiyé
( Eternamente eu respeito a
vida, ao filho respeito por
sempre na vida)
Ou - Káwó!
D - kábíyèsílè!
ÀRÁ-ÌJÓ
( Dança do Raio)
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Nota importante:
Esta reza e sua dança deveriam fazer-se ao
ar livre e unicamente quando
há
obrigação com carneiro
para o Xangó como um
reconhecimento do
poder de seus filhos frente ao raio. A periculosidade desta dança (conhecida
vulgarmente como “balança”) radica em que
quem forma a roda estão
convidando
a que lhes caia
um raio e
passe por seus
corpos sem feri-los,
demonstrando seu poder como filhos do Xangó. O soltar-se no momento de
a descarga implicaria uma morte imediata
do último da fila, pois a ele
chegaria-lhe toda a eletricidade.
.. . .. . . .. . .. . . .. . .. . . .. .
TOQUE ALUJÁ ------------------
Ou -
Elìjó’ gòdó a k’àrá wó, a ní sÉ wó,
a ní sei wó
( Senhor da dança do tambor,
nós recolhemos a
queda do raio, temos que fazê-lo cair, devemos fazer que caia)
D - Elìjó’ gòdó
a k’ àrá wó,
a ní sÉ
wó, a ní sei wó
( Senhor da dança do tambor,
nós recolhemos a
queda do raio, temos que fazê-lo cair, devemos fazer que caia)
Ou - Adé wó wó!
( Coroa cai, cai!)
D - A ní sei wó,
a ní sei wó
( Temos que
fazer cair )
Ou - A ní sÉ wó lha pariwó!
( Temos que
fazer cair, lança um grito ensurdecedor
[trovão] )
D - A ní sei wó
abà orò!
( Temos que
fazer cair uma porção do Espírito)
ALOJÀ
(Dono do comércio)
----------------------- TOQUE AGERE T’OYA----------------
Ou – Aká ká tigbó confiará nem Sàngó, àká ká bàbá
confiará na’ ré wa
(Xangó é o que
recolhe a colheita no monte, usa sua colheita
para aumentar o fogo. Pai use esse fogo
para que aumentem nossos
bens)
D - A yé ààyè
ààyè, a yé ààyè ààyè!
( Ah! Por favor, vida, vida)
Ou - K’ lú’ lú
dê, a’ lú’ lú
dê, È dè’
káàbò kábíyèsílè ayé, È dê káàbò
kábíyèsílè ayé
(Chega o que enche o povo, chega Xangó sua
alteza real ao
mundo, bem-vindo sua alteza real ao
mundo!)
D - K’ lú’
lú dê, a’ lú’ lú dê, È dè’ káàbò kábíyèsílè ayé, È dê káàbò
kábíyèsílè ayé
(Chega o que enche o povo, chega Xangó sua
alteza real ao
mundo, bem-vindo sua alteza real ao
mundo!)
Ou – Olokun dê ou!
(
Chega o capitalista!)
D - Altar dê kún dê kún dê kaá!
( Trovão, chega e enche tudo, chega e enche )
Ou - Ara kún dê!
(Trovão chega e enche)
D - Altar dê kún dê kún dê kaá!
( Trovão, chega e enche tudo, chega e enche )
——————————
G-IJÓ
———————————
(corte da
dança)
REZAS PARA O VODUN SOVO (Xangó)
.. . .. . . .. . .. . . .. . .. TOQUE DJÉJÉ (Bravun).. . . .. . .. . . .. . . .
Ou - Sovo ibò yé!
( Por favor! Retorna vodun Sovo)
D - Aiokò lái-lái sànbo ilúwe aiokò lái-lái?
( Sem embarcação o
que passará na inundação?
O deve nadar sem
embarcação; O que acontecerá?)
Ou - Sovo ndé!
(O vodun Sovo está chegando!)
D - Akágun alárun dê, ayé, aiyé,
akágun alárun dê
( Conquistador, dono do céu
chegue ao mundo, à vida,
conquistador, dono do céu, chegue)
Ou - Olókun dê!
(Chega o capitalista!)
D - Akágun alárun dê, ayé, aiyé,
akágun alárun dê
( Conquistador, dono do céu
chegue ao mundo, à vida,
conquistador, dono do céu, chegue)
Ou - Sovo báyi alárun dê, Sovo báyi alárun dê, bá yi alárun dê, Sovo bá yi
alarun dê ou!
( Sovo, assim, dono do céu chega, Sovo dono do céu passa
resistente e chega )
D - Sovo báyi alárun dê, Sovo báyi alárun dê, bá yi alárun dê, Sovo bá yi
alarun dê ou!
( Sovo, assim, dono do céu chega, Sovo dono do céu passa
resistente e chega )
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