Foi mulher de seu primo Xangô e ajudou-o a conquistar vários reinos anexados ao Império Yorubano. Porém, abandonou-o em defesa de sua cidade natal, disposta a enfrentá-lo. Oyá é a menina dos olhos de Oxalá, seu protetor, e a única divindade que entra no Ibalé dos Eguns(mortos)
O HOMEM DE YANSÃ
O filho de Yansã é como o vento: instável e volúvel, e isso, em termos afetivos, significa que ele não gostará definitivamente de uma pessoa. Agitado, apesar de não demonstrar, tem uma vida sensual e sexual extremamente inconstante, porque pula de um relacionamento para outro, na ânsia de conseguir tudo ao mesmo tempo. Seu maior prazer é viajar, conhecer gente e locais diferentes, sair fora da rotina. Adora festas, principalmente aquelas onde poderá mostrar que dança bem. Quem gosta de uma vida agitada, onde a palavra de ordem é a aventura, encontra nele o parceiro ideal. Só que, apesar de ativo sexualmente, precisa ser estimulado por uma parceira criativa.
A MULHER DE YANSÃ
A mulher de Yansã é sempre aceita e admirada onde quer que vá. Não é do tipo que faz charme quando esta a fim de alguém: declara-se logo abertamente, da mesma forma que é rapidíssima para dar o fora em alguém. Nunca lhe faltarão admiradores, já que é dona de uma beleza natural que é a chave do seu sucesso. Não é vaidosa, mas se necessário, sabe se vestir e se comportar como uma rainha. Para estar ao seu lado, o homem precisa ser inteligente, bonito, sóbrio, bom papo e de preferência, místico.
É uma mulher super ativa sexualmente e disposta a tudo para manter seu romance.
É uma mulher super ativa sexualmente e disposta a tudo para manter seu romance.
Oiá recebe o nome de Iansã, mãe dos nove filhos
Oiá desejava ter filhos, mas não podia conceber
Oiá foi consultar um babalaô e ele mandou que ela fizesse um ebó.
Ela deveria oferecer um carneiro, um agutã,
muitos búzios e muitas roupas coloridas.
Oiá fez o sacrifício e teve nove filhos.
Quando ela passava, indo em direção ao mercado, o povo dizia:
"Lá vai Iansã".
Lá ia Iansã, que quer dizer mãe nove vezes.
E lá ia ela toda orgulhosa ao mercado vender azeite-de-dendê.
Oiá não podia ter filhos, mas tve nove,
depois de sacrificar um carneiro.
E em sinal de respeito por seu pedido atendido
Iansã, a mãe de nove filhos, nunca mais comeu carneiro.
[ Lenda 163 do livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi ]
Oiá ganha de Obaluaê o reino dos mortos
Certa vez houve uma festa com todas as divindades presentes.
Omulu-Obaluaê chegou vestindo seu capucho de palha.
Ninguém o podia reconhecer sob o disfarce
e nenhuma mulher quis dançar com ele.
Só Oiá, corajosa, atirou-se na dança com o Senhor da Terra.
Tanto girava Oiá na sua dança que provocava vento.
E o vento de Oiá levantou as palhas e descobriu o corpo de Obaluaê.
Para surpresa geral, era um belo homem.
O povo o aclamou por sua beleza.
Obaluaê ficou mais do que contente com a festa, ficou grato.
E, em recompensa, dividiu com ela o seu reino.
Fez de Oiá a rainha dos espíritos dos mortos.
Rainha que é Oiá Igbalé, a condutora dos eguns.
Oiá então dançou e dançou de alegria.
Para mostrar a todos seu poder sobre os mortos,
quando ela dançava agora, agitava no ar o iruquerê,
o espanta-mosca com que afasta os eguns para o outro mundo.
Rainha Oiá Igbalé, a condutora dos espíritos.
Rainha que foi sempre a grande paixão de Omulu.
.[ Lenda 179 do livro Mitologia dos Orixás de Reginaldo Prandi ]
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