sábado, 4 de fevereiro de 2012

Adurá songó


ADÚRÀ-ORIN SÀNGÓ
(Rezas cantadas do Xangô)
ONÍLÙ (tamborero)
 Oríkì
(Louvor
Ajúbà Sàngó kámùka, Sàngó aganjú Ìbejì, Sàngó aganjú déyi ogodo,
Sàngó Oubakòsó, olúfinná bàbá Aláàfin!
Káwó kábíyèsí Oba Sàngó!

(Respeitamos ao Xangô, facão que curta e desaparece,  Xangô que de seu
trono está olhando os gêmeos sagrados, Xangô  que de seu trono está
olhando chegar forte como um bezerro, Xangô o rei que não se enforcou,
senhor que usa o fogo e pai dono do palácio.
 Domina ao mundo sua alteza , Rei Xangô!)
DÁHÙN  (Responder)  - Kawó kábíyèsí ! (Domina ao mundo sua alteza!)


.. . .. . . .. . .. . . .. . .. .TOQUE DJEJE (HUNTÓ)... . . .. . .. . . .. . . .. . . 
Ou - Alárun dê Sàngó ’k Bàbá ou ’ fim  
                                 (Chega dono do céu Xangô, “facão que curta e
desaparece”, Pai você surpreende, medita as leis, aparece)  
D - Alárun dê Sàngó ’k Bàbá ou ’ fim  
                                 (Chega dono do céu Xangô, “facão que curta e
desaparece”, Pai você surpreende, medita as leis, aparece)  
Ou - Alárun dê!
( Chega dono do céu)
D - Sàngó ’k
( Xangô, facão que curta e desparece)
Ou - Bàbá ’ fim  
( Pai você medita o mandato e aparece)
D - Sàngó ’k
( Xangô, facão que curta e desparece)


Ou - Wólè wólè wólè kábíyèsílè àdé
    ( Baixamos a cara, reverenciamos a Sua Alteza e a Coroa)
D - Wólè wólè wólè kábíyèsílè àdé
    ( Baixamos a cara, reverenciamos a Sua Alteza e a Coroa)
Ou - L’òkè !
( Nas alturas)
D - bu èlò
           ( É instrumento que corre e curta [o raio]) 
----------------- TOQUE TONIGBOBE ----------------------
Ou - Olúwa gun bàábo igbó elefà l’òrìsÀ, Olúwa gun bàábo igbó elefà
ebo
       ( Nosso senhor, sobe à árvore de grandes folhas no bosque
sagrado você que atrai ao que tem orará, sobe ao arbol do bosque você que
atrai a limpar com oferendas) 
D - Olú gùn igbo èle l’òrìsà, Olú gùn igbo èle
l’òrìsà
               ( Senhor observa de quão alto não escape o covarde de ser
atraído à violência o orará)
Ou - Olúghohún igbo èle l’òrìsà, olú gùn igbo èle
l’òrìsà
       ( Julga ao que viola os tabus, que não escape o covarde de ser
atraído à violência do orará )
D - Olú gùn igbo èle l’òrìsà, Olú gùn igbo èle
l’òrìsà
               ( Senhor observa de quão alto não escape o covarde de ser
atraído à violência do orará)
Ou - Aganjú èkó meu’ ori jéjé Aganjú èkó meu’ ori
Sàngó 
                     (Aganjú me ensine também o caminho de cumprir a tradição
de minha cabeça, a cumprir os juramentos, insígnia me a cumprir a tradição
de ter cabeça do Xangô)

D - Aganjú èkó meu’ ori jéjé Aganjú È meu’ ori
Sàngó 
                     (Aganjú me ensine também o caminho de cumprir a tradição
de minha cabeça, a cumprir os juramentos, insígnia me a cumprir a tradição
de ter cabeça do Xangô)
Ou - Òdodo sim  èmi r’emi Aganjú màá sÉ ou, òdodo èrè meu Sàngó
                 Àgànjú màá sÉ olà
( Justiça para mim Aganjú, que sempre faça e tenha honra,
sabe a verdade que me beneficia Xangô, Aganjú que sempre faça e tenha
honra. )
D - Òdodo sim  èmi r’emi Aganjú màá sÉ ou, òdodo èrè meu Sàngó
                 Àgànjú màá sÉ olà
( Justiça para mim Aganjú, que sempre faça e tenha honra,
sabe a verdade que me beneficia Xangô, Aganjú que sempre faça e tenha
honra. )
Ou - Àgúnta ou!
( Crave meus inimigos)
D - Màá nísé olá !
(Sempre tem trabalho e honra)
Ou - GA màá Aládé ou!
(OH! Elevado, sempre Dono da coroa)
D - Lókun kerèrè!
     ( Força de longe)
Ou - Ìbò Moore!
( Retorna engrandecido)
D - Kerèkè ìbò Moore kerèkè!
( De longe você retorna engrandecido)
Ou - Sorò sorò ou godo
( Para a festa anual Espiritual de “passagem a seu homem tem
ao tambor)
D - Sorò sorò ou Sàngó
( Para a festa anual espiritual tem ao Xangô)
Ou - Akun
( Adornado com contas sagradas roga pela cabeça)
D - Àrá akun àrá
( Trovão, com contas sagradas roga pela cabeça, trovão)
Ou - Àgànjú ekùn èrè p
                     ( Aganjú, leopardo, isso vontade)
D - Àgànjú ekùn s’ara
          ( Aganjú, leopardo, te desvie para o corpo)
Ou - S’ara mode s’ara mode !
                     ( Para o corpo te desvie, recolhe e poda ao filho [noviço],
cuida-o)
D - Ou ’ BA dilé s’ara mode!
                     ( Você Rei da casa te desvie para o corpo, recolhe e poda
ao filho)
Ou - Onípè nem Sàngó
              ( que chama é Xangô)
D - Abá’ deu onípè ou ’ deu
           (O morteiro e a esteira estão chamando, você logo encontra
o morteiro)
Ou - Ègé ’ré wa Agodó Sá ou!
                         ( Sorteia as travas e volta nossa bênção , Espírito
do tambor corre, corre e nos salve)
D - Ègé ’ré wa Agodó Sá ou!
                         ( Sorteia as travas e volta nossa bênção , Espírito
do tambor corre, corre e nos salve)
Ou - Kan, kan
                  (Chega o toque do tambor)
D - Ou rèé ou kan dê 
( Esse é o caminho, que chegue o toque do tambor)
---------------------- TOQUE AGERE ------------------------
Ou - Alubàtá ou! kábíyèsílè ndé ou!
           (OH! Dono dos tambores batá! OH! Sua alteza está
chegando!)
D - Alubàtá ou! kábíyèsílè ndé ou!
           (OH! Dono dos tambores batá! OH! Sua alteza está
chegando!)
Ou - Agodó màá iyo, agodó màá iyo àtéwóÀgànjú màá eu àtéwó
òdodo màá iyo
            ( O tambor sempre nos regozija, o tambor sempre nos
alegra,
estende as mãos abertas dando passo ao Aganjú que aparece com seu
palma estendida separando a verdade e nos alegrando)
D - Agodó màá iyo, agodó màá iyo àtéwóÀgànjú màá eu àtéwó
òdodo màá iyo
            ( O tambor sempre nos regozija, o tambor sempre nos
alegra,
estende as mãos abertas dando passo ao Aganjú que aparece com seu
palma estendida separando a verdade e nos alegrando)
Ou - Káwó kábíyèsílè omo sèré omo júbà
           ( Sua Alteza domina ao mundo, filho da “cabaça com contas”,
filho reconhecido)
D - Káwó kábíyèsílè omo sèré omo júbà
          ( Sua Alteza domina ao mundo, filho da “cabaça com contas”,
filho reconhecido)
Ou - àgò ai àjà orò
           ( Estende a saudação ao Espírito para que não haja luta com ele ) 
D - Àgò !
( Por favor, permissão! )
Ou - omo júbà!
( Filho respeitoso!)
D - Lái lái  mojúbà aiyé oumo júbà
                     lái lái oumo júbà aiyé
                ( Eternamente eu respeito a vida,  ao filho respeito por
sempre na vida)
Ou - Káwó!
D - kábíyèsílè!
ÀRÁ-ÌJÓ 
( Dança do Raio)
.. . .. . . .. . .. . . .. . .. . . .. . .. . . .. . .. . .. . . .. . .. . . .. . .. . . .. . .. . . . .. . . .

Nota importante: 
Esta reza e sua dança deveriam fazer-se ao ar livre e unicamente quando
há  obrigação  com  carneiro  para  o Xangó  como  um  reconhecimento  do
poder de seus filhos frente ao raio. A periculosidade desta dança (conhecida
vulgarmente como “balança”) radica em que quem forma a roda estão
convidando  a que  lhes  caia  um  raio  e  passe  por  seus  corpos  sem  feri-los,
demonstrando seu poder como filhos do Xangó. O soltar-se no momento de
a descarga implicaria uma morte imediata do último da fila, pois a ele
chegaria-lhe toda a eletricidade.

.. . .. . . .. . .. . . .. . .. . . .. . TOQUE ALUJÁ ------------------
Ou -  Elìjógòdó a k’àrá , a sÉ , a sei
                   ( Senhor da dança do tambor, nós recolhemos a
queda do raio, temos que fazê-lo cair, devemos fazer que caia)
D - Elìjógòdó a k’ àrá , a sÉ , a sei
                   ( Senhor da dança do tambor, nós recolhemos a
queda do raio, temos que fazê-lo cair, devemos fazer que caia)
Ou - Adé !
                    ( Coroa cai, cai!)
D - A sei , a sei
( Temos que fazer cair )



Ou - A sÉ lha pariwó!
( Temos que fazer cair, lança um grito ensurdecedor
[trovão] )    
D - A sei abà orò!
( Temos que fazer cair uma porção do Espírito)




ALOJÀ 
(Dono do comércio)
----------------------- TOQUE AGERE T’OYA---------------- 
Ou – Aká tigbó confiará nem Sàngó, àká bàbá confiará na’ ré wa
(Xangó é o que recolhe a colheita no monte, usa sua colheita
para aumentar o fogo. Pai use esse fogo para que aumentem nossos
bens)
D - A ààyè ààyè, a ààyè ààyè!
( Ah! Por favor, vida, vida)
Ou - K’ dê, a’ dê, È káàbò kábíyèsílè ayéÈkáàbò
kábíyèsílè ayé  
          (Chega o que enche o povo, chega Xangó sua alteza real ao
mundo, bem-vindo sua alteza real ao mundo!)
D -  K’ dê, a’ dê, È káàbò kábíyèsílè ayéÈkáàbò
kábíyèsílè ayé  
          (Chega o que enche o povo, chega Xangó sua alteza real ao
mundo, bem-vindo sua alteza real ao mundo!)

Ou – Olokun dê ou!
 ( Chega o capitalista!)
D - Altarkúnkúnkaá!
       ( Trovão, chega e enche tudo, chega e enche )
Ou - Ara kún dê!
     (Trovão chega e enche)
D - Altarkúnkúnkaá!
       ( Trovão, chega e enche tudo, chega e enche )


——————————  G-IJÓ   ———————————
                                    (corte da dança)
              REZAS PARA O VODUN SOVO (Xangó)
.. . .. . . .. . .. . . .. . .. TOQUE DJÉJÉ (Bravun).. . . .. . .. . . .. . . .

Ou - Sovo ibò !
             ( Por favor! Retorna vodun Sovo)
D - Aiokò lái-lái sànbo ilúwe aiokò lái-lái?
         ( Sem embarcação o que passará na inundação? O deve nadar sem
embarcação; O que acontecerá?)  
Ou - Sovo ndé!
 (O vodun Sovo está chegando!)
D - Akágun alárun dê, ayé, aiyé, akágun alárun
              ( Conquistador, dono do céu chegue ao mundo, à vida, 
conquistador, dono do céu, chegue)
Ou - Olókun dê!
(Chega o capitalista!)
D - Akágun alárun dê, ayé, aiyé, akágun alárun
              ( Conquistador, dono do céu chegue ao mundo, à vida, 
conquistador, dono do céu, chegue)
Ou - Sovo báyi alárun dê, Sovo báyi alárun dê, yi alárun dê, Sovo yi
alarun dê ou!
              ( Sovo, assim, dono do céu chega, Sovo dono do céu passa
resistente e chega )


D - Sovo báyi alárun dê, Sovo báyi alárun dê, yi alárun dê, Sovo yi
alarun dê ou!
              ( Sovo, assim, dono do céu chega, Sovo dono do céu passa
resistente e chega ) 

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