sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Orixá ogum


Ogum orixá que rege trabalhodono do metal e da tecnologia protetor de todos que usam o metal prara sua sobrevivencia dono do obé (faca ritual)orixá muito importante em todos os cultos de matriz africana                                                        


Dia da semana: 
Quinta-feira.

Saudação: 
“Ògún Yê” ou “Pàtàkì orí Òrìsá” e “Pàtàkorí".
Tradução: Salve Ogum, Orixá importante da cabeça espiritual.

Cor: 
Vermelho e Verde.

Parte do corpo que rege: 
Costelas e Dentes.

Ferramentas: 
Espada, Obé (faca), bigorna, cobra de metal, corrente de ferro 
e a espada de São Jorge.

Sobrenomes de Orixá: 
Onira, Inira, Adiolá, Taladê, Adio, Adoré, Alefa, Gué, Dei, Onira, Mejê, Avagã, Elefá, Djocô, Miratã, Ciribó, Orobá, Dalúa, Ire, Ló e Manicéo.

Ogum de Rua: Acompanhado de Bará Lodê e Oyá Timboá, Ogum Avagã 
é um Orixá da Rua pois cuida do templo 

É o Orixá da guerra, das artes manuais e do ferro. 

É o patrono do desenvolvimento e da tecnologia. 
Orixá invocado para defender e resolver problemas de trabalho. 
Pelo seu caráter guerreiro, considerado patrono dos militares, 
é muito solicitado quando se deseja vencer demandas. 
 
Tem fama de gostar de bebidas alcoólicas, graças à lenda de ter sido embebedado por Oyá para que ela pudesse fugir com Xangô.

O próprio Ogum forjava suas ferramentas, tanto para a caça, como para a agricultura e para a guerra. É filho de Iemanjá com o Orixá Odùduwà.

É o dono da Obé (faca), por isso vem logo após o Bará porque sem as facas que lhe pertencem não seriam possíveis os sacrifícios. Ogum é o dono das estradas de ferro e caminhos. Foi Ogum quem ensinou aos homens como forjar o ferro e o aço. 
Protege também as portas de entrada das casas e templos.

Era um guerreiro que brigava sem cessar contra os reinos vizinhos. Dessas expedições, ele trazia sempre um rico espólio e numerosos escravos. Guerreou contra a cidade de Ará e a destruiu. Saqueou e devastou muitos outros estados e apossou-se da cidade de Irê, matou o rei, aí instalou seu próprio filho no trono e regressou glorioso, usando ele mesmo o título de Oníìré, “Rei de Irê”.

LENDAS
 Oyá vivia com Ogum antes de ser mulher de Xangô. Ela ajudava Ogum no seu trabalho, carregava seus instrumentos, manejava o fole para ativar o fogo da forja. Um dia Ogum deu a Oyá uma vara de ferro igual a que lhe pertencia que tinha o poder de dividir os homens em sete partes e as mulheres em nove partes, caso estas as tocassem em uma briga.

Xangô gostava de sentar-se perto da forja para apreciar Ogum bater o ferro, e sempre lançava olhares à Oyá e ela também lançava olhares a Xangô.
Xangô era muito elegante, usava tranças e brincos, colares e pulseiras. Sua imponência e seu poder impressionaram Oyá. Um dia Oyá e Xangô fugiram e Ogum lançou-se em perseguição deles. Encontrando os fugitivos, brandiu sua vara mágica, Oyá fez o mesmo e eles se tocaram ao mesmo tempo. E assim que Ogum foi dividido em sete partes e Oyá em nove partes, recebeu ele o nome de Ogum Mejé (mejé = 7) e ela o de Iansã, cuja origem vem de Iyámésàn a mãe transformada em nove.
O ARQUÉTIPO DOS FILHOS DE OGUM

Filhos de Ogum possuem um temperamento um tanto violento, são impulsivos, briguentos e custam a perdoar as ofensas dos outros. Não são muito exigentes na comida, no vestir, nem tão pouco na moradia. 

Características Positivas:
 
Valentes, destemidos, buscam novos objetivos. São pessoas perspicazes, objetivas e corajosas. Amantes constantes, dedicados à família. Talentosos e inteligentes.

Características Negativas: 
Gananciosos, atrevidos, autoritários, desconfiados e um pouco egoístas. Usam a falsidade como tática de guerra, temperamentais e impiedosos.


O HOMEM DE OGUM

Como seu Orixá protetor, o filho de Ogum é um guerreiro também nos assuntos do coração. Passional, sempre empenhado em manter o jogo da conquista, é um amante completo. Ativíssimo sexualmente, super protetor com a pessoa amada, interessado em satisfazer-lhe as vontades, o companheiro de Ogum garante à sua parceira uma vida feliz em todos os sentidos. Por isso mesmo é um homem muito cobiçado pelas mulheres. E como sente necessidade de viver em permanente estado de paixão, torna-se presa fácil as aventuras amorosas. Isso gera grandes conflitos internos nele e na pessoa amada. São amigos camaradas, porém estão sempre envolvidos com demandas. Divertidos, despertam sempre interesse nas mulheres, tem seguidos relacionamentos sexuais, e não se fixam muito a uma só pessoa até realmente encontrarem seu grande amor.


A MULHER DE OGUM

A protegida de Ogum é uma mulher que reúne as características femininas e masculinas. Bonita e sensual por fora, mas por dentro ela pensa com cabeça de homem . Justamente por ser assim, expôe-se mais que as outras mulheres e destaca-se em qualquer lugar. Também é esse seu lado masculino muito forte que a faz prezar a sua liberdade e independência acima de tudo, com reflexos na vida afetiva. É a mulher de Ogum quem conquista o homem e é ela também que o dispensa quando não o quer mais. Essa característica faz dela uma mulher difícil para parceiros machistas. Mas conquistá-la não é uma tarefa difícil e sim mantê-la sob domínio. Ela precisa de um companheiro por quem tenha grande admiração ou do qual dependa de alguma forma.

SAÚDE

A saúde de um filho de Ogum é boa. Ele é resistente e sua constituição forte evita as doenças. Os pontos fracos dele são as articulações, as dores de cabeça e as febres fortes.
Quando está doente o filho de Ogum não quer ficar em repouso. É muito trabalhoso convencê-lo a descansar e dar tempo ao seu corpo para se recuperar. Só fica na cama quando está verdadeiramente mal, aí então fala pouco e fica nervoso com a obrigação em parar para se refazer.
Seus problemas de saúde são mais para o tipo violento e repentino do que para doenças crônicas e demoradas.
As doenças nervosas como úlceras, esgotamentos e depressão são menos comuns, mas podem atingí-lo se ele cometer excessos de trabalho ou for mal sucedido em seus empreendimentos.

Ogum é representado como um guerreiro armado, portando uma espada como símbolo de sua força. Ele é o senhor do ferro da guerra e da tecnologia, temperamento rude, não se prende a nada e nem a ninguém. É um Orixá que incita a guerra, para mostrar poder e aumentar seus bens, mas não descansa sobre suas glórias. Ogum é o dirigente, o rei que não quer ter suas ordens desobedecidas, quando contrariado, ele fica furioso, perde a razão e castiga impensadamente, arrependendo-se em seguida. Sua correlação é com o Deus da guerra Ares ou Marte da mitologia greco-romana, tendo características violentas desses deuses, bem como sua ligação com o ferro e o fogo. Foi Ogum quem ensinou os homens a forjar o ferro e o aço, pois é um feliz artesão, que confecciona suas  próprias espadas para seus combates. Possui sete ferramentas de ferro como simbologia: alavanca, machado, pá, enxada, picareta, espada e faca, com os quais ajuda o homem a vencer a natureza. É o vencedor de demandas, que com sua espada, corta as dificuldades e castiga os faltosos. Ogum é um poderoso Orixá que defende a lei e a ordem, abre os nossos caminhos e vence as lutas, agindo pelo instinto para defender e proteger os mais fracos. Tudo que está relacionado a conquistas, vitórias  e lutas, são presididas por Ogum. É a própria lei divina em ação e o guerreiro buscando novos horizontes. 
O povo da Bahia associa Ogum ao santo católico São Sebastião, que é festejado no dia 20 de Janeiro, mas o povo do Rio de Janeiro e São Paulo sincretizou Ogum à  São Jorge Guerreiro, que se comemora em 23 de Abril.
O MITO -  "A VINGANÇA"
Ogum era o rei de Irê, Ogum Onirê. Conta-se que, tendo partido para a guerra, retornou a Irê depois de muito tempo. Ele chegou num dia em que se realizava um ritual sagrado. A cerimonia exigia que todos permanece-se em total silêncio. Não era permitido falar e nem se dirigir o olhar. Ogum sentia fome e sede, mas ninguém o atendia, ninguém falava com ele. Ogum então pensou que ninguém o reconhecera, por isso, sentindo-se humilhado  e enfurecido, resolveu se vingar. Ele cortou a cabeça de seus súditos. Quando terminada a cerimonia, foi encerrado o silêncio e o filho de Ogum com alguns homens salvos da matança, vieram render homenagens ao rei. Foi quando Ogum reconhecera o erro cometido e se tomou de profundo arrependimento. Ogum então enfiou sua espada no chão e a terra se abriu, tragando-o solo abaixo, não era mais humano,se tornara um Orixá.

Orisá Bará


É o gerador do que existe, do que existiu e do que ainda vai existir.
 O nome “Bará” significa: aquele que é possuidor do poder. 
Também chamado de Exú Bará, pois “Exú” significa esfera, 
aquilo que é infinito, que não tem começo nem fim.

 Dia da semana: 
Segunda-feira.

Saudação: 
“Alúpo” ou “Lálupo” – Tradução: Venha, ó falante!

Cor: 
Vermelho.

Parte do corpo que rege: 
Esqueleto, pênis, pâncreas, uretra, urina e rege também o sangue.

Ferramentas: 
Chave, foice, corrente e punhal.

Sobrenomes de Orixá: 
Lodê, Lanã, Tiriri, Adague, Burucú, Baluaê, Agelú,Toquí, 
Demí, Alupanda, Bí, Leba, Abanadá, Bô e Tolabí.

Dividem-se basicamente em dois tipos:  

Barás de dentro de casa
Bará Agelú, Lanã, Adague, etc., considerados mais calmos.

Barás da rua
Bará Lodê, considerado violento e por isso muito respeitado. 
É o guardião do templo, portanto deve-se cumprimentá-lo 
por primeiro ao entrar no terreiro. 
Seu assentamento e seus pertences ficam guardados 
à parte numa casinha entrada do Ilê. 
Acompanham o Bará Lodê: Ogum Avagã e Oyá Timboá,
igualmente denominados Orixás de rua.


SOBRE ESTE ORIXÁ

Um de seus símbolos marcantes é a chave pois é o que permite
a passagem e o início de tudo e é responsável pelos caminhos.

 As questões mais imediatas relacionadas a dinheiro e trabalho, 
é a ele que pedimos abertura.

Faz a interligação entre “Orún” (mundo material)
e “Aiyê” (mundo espiritual). Pedimos a ele que leve 
aos demais Orixás nossos pedidos e agradecimentos, afinal, 
não teremos êxito sem antes pedirmos e ofertarmos algo a ele. 
Bará é quem deve receber as oferendas em primeiro lugar
a fim de assegurar que tudo corra bem.

Outra característica marcante de Bará é ser o detentor 
e o transmissor da fertilidade e da fecundação. 
Este Orixá cuida da parte sexual dos seres vivos e de seus órgãos 
de reprodução. Seu outro símbolo é o "Opá Ogó", a forma fálica (pênis). 
Longe de ser obsceno, pois a presença de Bará 
se faz necessária na geração de uma vida. 

É o mais humano dos orixás, por exemplo: adora agrados e oferendas, 
detesta água e chuva, nos dias chuvosos é inútil lhe entregar oferendas na rua. 
Nestes dias é melhor deixá-los guardadas no Quarto-de-Santo até que a chuva cesse.

Ele está presente nos lugares onde existem multidões, gargalhadas, risos fartos e nas alegrias incontidas. É o desprendimento do nervosismo contido no peito, a rapidez do deslocamento.

Por ser provocador, astucioso e sensual é comumente confundido com a figura de diabo, o que é um absurdo dentro da construção teológica Yorubá, visto que não está em oposição a Deus, muito menos é considerado uma personificação do mal. 
Mesmo porque nesta religião não existe diabo.

“Capaz de carregar o óleo que comprou no mercado 
numa simples peneira sem que este óleo se derrame”. 

E assim é Bará, o Orixá que faz o acerto virar erro e o erro virar acerto.
Além disso, ele é muito irreverente, adorando resolver e propor enigmas. Caminha no tempo e espaço com tranquilidade, buscando coisas no passado, presente e futuro. Se ele não é tratado de maneira correta, ele confunde e zomba de quem o maltrata. Mas quando
é reverenciado, ajuda, abre caminhos e soluciona. 

 O ARQUÉTIPO DOS FILHOS DE BARÁ

Os filhos de Bará possuem uma personalidade muito marcante, 
ora são pessoas inteligentes e compreensivas com os problemas dos outros, ora são bravas, intrigantes e ficam muito contrariadas. 
Por isso para ter-se um amigo ou filho de Bará é preciso que se tenha muito jeito e compreensão ao tratar-se com ele. 

São pessoas altamente fiéis aos seus princípios, aos amigos 
e às suas causas. São corajosos e dedicados. Amáveis, não medem esforços nem sacrifícios para auxiliar as pessoas que ama. 
Excelentes amantes, a virilidade é uma característica básica
daqueles regidos por este orixá.

Características Positivas: 
Sempre chegam ao seu objetivo, mesmo que para isto tenham que se empenhar de corpo e alma. Fortes, capazes, românticos, felizes, participativos, francos, inquietos, sinceros, espertos e atentos.

Características Negativas: 
Severos e exigentes ao extremo, caprichosos, extremamente vaidosos 
e ambiciosos. Brigões, debochados e brincalhões.


O HOMEM DE BARÁ

O Orixá do sexo, da procriação e da fertilidade, faz de seus filhos homens com enorme poder de sedução. Afinal, cabe a ele o papel 
de dar continuidade à espécie. Mas justamente por ser extremamente sensual e também por ser versátil, será capaz de agir dessa forma com várias pessoas ao mesmo tempo. O mais interessante de tudo é que ele dificilmente se afasta definitivamente das mulheres com quem manteve vínculos amorosos e sexuais. Por esta razão, não é difícil reconquistá-lo, principalmente se ele se deu bem sexualmente com essa parceira interessada em tê-lo de volta.


A MULHER DE BARÁ

Assim como o homem de Bará, a mulher é dotada de muita sensualidade. Mas esta é uma característica que ela não deixa transparecer com facilidade. Pelo contrário, tentará escondê-la atrás de uma imagem bastante reservada. Poderá ser mais transparente em relação ao sexo, 
se sentir segurança com seu companheiro. E segurança emocional 
para uma filha de Bará significa encontrar um homem 
que desenvolva com ela uma grande cumplicidade. 
Aí sim ela se soltará e se mostrará como realmente é: 
extremamente sensual.

Adurá ti Esú


 




Bará Lodê

Axé: Exú ô Lodê.
Resposta: Exú Exú ô Bará lanã.

 Tradução: 
Bará, o do lado de fora. Bará, o que no dá as coisas no caminho.


Bará Agelú

Axé: Exú lanã fô míô, exú lanã fô malé ô.
Resposta: Exú lanã fô míô, Exú lanã fô malé ô.

Tradução:
Bará dos caminhos, filho da dona das águas,  
Bará dos caminhos, vigia a noite para você.

Explicação:
 Bará, assim como Ogum, é filho de Iemanjá com o Orixá Odùduwà. 
Odùduwà, Orixá da Criação, ancestral dos reis Yorubás coroados. 
Ogum era muito ligado ao irmão mais velho. Os dois eram muito aventureiros e brincalhões. Quando Bará foi expulso de casa pelos pais, Ogum ficou muito zangado e resolveu acompanhá-lo. 
Foi atrás dele e por muito tempo correram o mundo juntos. 
Bará, o mais esperto, resolvia para onde iriam e Ogum, o mais forte e guerreiro, ia vencendo todas as dificuldades do caminho. 
Por este motivo, Ogum sempre surge no culto logo depois de Bará, 
pois honrar seu irmão é a melhor forma de agradá-lo. 
Enquanto Bará é o dono dos caminhos e encruzilhadas, 
Ogum governa a reta dos caminhos.


BARÁ LANÃ
Axé: Egbá rà bô alaroiê a exú lanã, ba rà bô alaroiê a exú lanã, 
e mó dé ko ê ko de bará bô, bará bô, bará eléfa exú lanã.
Resposta: Egbá rà bô alaroiê a exu lanã, ba rà bô alaroiê a exu lanã, 
e mó dé ko ê ko de bará bo, bará bô, bará eléfa Exú lanã.

Tradução:
Tenho fé em ti Bará e peço licença para louvá-lo em minha casa; 
Nossa casa está limpa, proteja a nossa terra. Seu poder limpa o caminho.
Bará Lanã = Bará Lonã. Lonã = caminho.

 
BARÁ LANÃ

Axé: Exú bará lo bè bè tiriri lanã, exú tiriri, 
bará lo bè bè tiriri lanã, exú tiriri.
Resposta: Bará exú tiriri lanã, exú tiriri lanã, 
bará ke bará Exú bará, Exú tiriri lanã.

Tradução:
Minha fé me alimenta, peço para o Precioso Bará dos Caminhos, Precioso Bará dos Caminhos, esse é o Exú que nos dá coisas no caminho.
Tiriri = valoroso/precioso
Bará Lanã = BARÁ LONÃ = lonã = caminho.


post dedicado a Romeu D´Bará e Paulo d´Ogum